domingo, 25 de novembro de 2012

Veja e a indústria farmacêutica: jornalismo ou propaganda?



Ontem, passando por uma banca de jornal, vi a capa da edição desta semana da revista Veja: "Depressão: A promessa de cura - A cetamina é a primeira esperança de tratamento totalmente eficaz da doença que afeta 40 milhões de brasileiros". Fiquei consternado! Na verdade, nem sei como ainda me surpreendo com esta revista, que representa o que há de pior no jornalismo nacional - e mesmo internacional. Não digo isso somente porque discordo de suas posições políticas conservadoras mas porque, mesmo em termos jornalísticos básicos, ela comete erros absurdos, inclusive nas seções não-políticas. 

Especificamente com relação aos assuntos ligados à área da saúde, é conhecida - e já analisada em alguns trabalhos acadêmicos - a estreita e promíscua ligação da revista com a indústria farmacêutica. Não é a primeira vez que a Veja, sob a aparência de um jornalismo isento, faz propaganda descarada de alguma medicação. Como afirma a pesquisadora Fernanda Lunkes, que analisou em sua tese de doutorado o discurso de medicalização em várias reportagens da revista, "sob um efeito de cientificidade, compreendo que as matérias se inscrevem em um negócio, e um bom negócio, à indústria farmacêutica e à Veja. As matérias, inseridas principalmente nas Seções medicina e saúde, filiam-se ao discurso da venda e do lucro, onde quem mais ganha é quem vende o produto". Em outro trecho ela afirma que a revista "direciona seus argumentos a favor da indústria e não produz marcas linguísticas de resistência a ela. Ao contrário, ao trazer termos relacionados ao contexto capitalista, como venda, mercado, consumo, ela torna o medicamento um produto a ser vendido/consumido por qualquer um e muitas vezes sem ser por motivos de doença e sim porque está 'na moda' (e se está na moda é preciso consumir)". Por tudo isso, não seria um exagero afirmar que a revista presta um verdadeiro desserviço à população brasileira em matéria de saúde. Ao invés de informar, faz propaganda.


Há pouco mais de um ano, a revista publicou uma reportagem de capa sobre um "milagroso" remédio para emagrecer  "sem grandes efeitos colaterais". Terá sido coincidência sua publicação  justo num momento em que o governo se mobilizava para restringir a venda de alguns remédios para emagrecer? Certamente não. Afinal, sempre que alguma ação governamental é realizada no sentido regulamentar ou restringir o uso de certas medicações, eis que surge a Veja para defender os interesses da indústria. Nesta outra capa, a revista é ainda mais explícita em suas intenções.


Com relação à reportagem de capa desta semana ainda não a li  pois, como me recuso a comprar a revista, estou esperando ela cair na internet - o que ainda não ocorreu. Desta forma, somente analisando a capa, faço algumas considerações preliminares:

1) Como é possível falar em cura para uma doença ou transtorno ou problema como a depressão? Afirmar que existe uma cura para a depressão é como dizer que é possível eliminar definitivamente qualquer tristeza ou ansiedade ou ainda as dúvidas, os receios e os medos, dos quais, dentre outras coisas, a depressão é consequência. É claro que existe algum componente biológico na depressão, mas isto não significa dizer, como querem os psiquiatras modernos, que a depressão é simplesmente um problema genético/cerebral que pode ser eliminado por via química. A coisa é muito mais complexa que isto, mas a revista compra (e vende) muito bem, de forma acrítica, este discurso biologizante/ medicalizante. Uma curiosidade é que há 13 anos, em março de 1999, a revista divulgava, em sua capa, que o mal da depressão "já pode ser vencido com a ajuda de remédios". Será que em 2025 teremos uma nova capa da Veja prometendo mais uma cura definitiva para a "doença da alma"?



2) Sério que 40 milhões de pessoas tem depressão no Brasil? Isto equivale a cerca de 20% da população. Como já discuti neste post, os altos índices de depressão no Brasil e no mundo provavelmente refletem menos a realidade endêmica do problema e muito mais a ampliação e a banalização do diagnóstico moderno de depressão, que desconsidera o contexto em que os sintomas emergem e se mantém. Não sei qual a fonte utilizada pela Veja, mas mas o curioso é que a mesma revista, em 2009, divulgou que 17 milhões de brasileiros tinham depressão. Será que em três anos os índices praticamente triplicaram? Não creio. Este estudo epidemiológico internacional de 2011 aponta que cerca de 10% dos brasileiros teriam depressão. Metade do que aponta a Veja; 

3) A montagem utilizada pela revista para ilustrar a capa se utiliza do clichê da "pílula da felicidade", contrapondo a imagem de uma jovem triste à sua (nova) versão feliz. Esta montagem se assemelha muito àquelas produzidas pela indústria farmacêutica para divulgar seus produtos - seja para médicos ou para a população em geral (o que no Brasil, felizmente, é proibido). Esta semelhança não pode ser simplesmente mera coincidência.



4) Com relação à cetamina (também chamada de ketamina), trata-se de um anestésico que tem sido cada vez mais consumido na Europa e nos EUA. Algumas pesquisas, como a relatada por esta reportagem, apontaram para o alívio imediato dos sintomas da depressão por alguns indivíduos após a ingestão da medicação. O fato é que existem ainda poucos e inconclusivos estudos sobre os efeitos antidepressivos da droga, o que é muito diferente de afirmar que os cientistas descobriram um "tratamento totalmente eficaz" para a depressão. O que esta manchete sensacionalista não diz é que o efeito da cetamina é limitado e que, como qualquer medicação, gera efeitos colaterais e pode, inclusive, levar à dependência. Este estudo alerta ainda para o fato de que "o seu uso não se restringe apenas à prática clínica ou pesquisa, sendo frequentemente utilizada como droga de abuso pelos jovens em festas como um potente alucinógeno". Não sei ainda se isto é mencionado no decorrer da reportagem - o que duvido muito -, mas a capa, pelo menos, passa a ideia de uma medicação 100% eficaz e sem efeitos colaterais. 

A pesquisadora Lia Hecker Luz, neste estudo sobre a "pílula da longevidade à venda nas páginas da Revista Veja" conclui, após analisar 50 matérias sobre saúde, que a revista "assume esse papel de anunciar aos seus leitores, formados pela classe média, o que há de novo no mercado farmacêutico e de equipamentos de saúde, dando às matérias de Jornalismo científico caráter publicitário, citando nomes comerciais de medicamentos e de seus fabricantes" E conclui com um importante alerta: "Antes de ler as matérias da revista, o leitor deve lembrar-se das prováveis respostas a duas questões: quem tem interesse na notícia e quem vai lucrar com a divulgação da mesma". Quem NÃO vai lucrar, certamente, é o leitor da revista.


Comentários
30 Comentários

30 comentários:

Rosa disse...

Pra ilustrar esse tema é interessante ver o filme Brain Candy: http://www.imdb.com/title/tt0116768/

Daniel Grandinetti disse...

Eu acho que mais importante do que a crítica é a auto-crítica. Nesse caso, a crítica do quanto o discurso "cientifizante" da Psicologia contribui com isso. A Psicologia não é ciência, e na minha opinião nunca vai ser. Mesmo assim, adere ao discurso científico e faz propaganda de si mesma como ciência. E como ela não tem fundamentos científicos, tenta nos convencer de sua cientificidade pelos seus resultados práticos. A Psicologia voltada exclusivamente para os resultados mais imediatos, que não faz crítica dos meios para se chegar a eles, está cada vez mais forte, principalmente nas linhas cognitiva e comportamental. E ao estimular o imediatismo de resultados para fundamentar sua "cientificidade", ela também estimula o imediatismo do medicalismo, cujo argumento é exatamente o mesmo. Vale lembrar que o pop-star do cientificismo barato, Carl Sagan, era um defensor inveterado da psicofarmacologia, e não conseguia ver razão alguma para que as pessoas não fizessem uso dos seus produtos.

Rita de Cássia de Araújo Almeida disse...

Excelente artigo...e o mais curioso é que essa capa chega uma semana depois da capa que divulga os malefícios da maconha. Ou seja, droga pode sim, desde que seja vendida pelas grande corporações farmacêuticas. Dá nojo!!

Lidiane disse...

Primeiramente o leitor deveria se informar sobre o verdadeiro significado da Psicologia antes de falar a mais absurda das asneiras.
PSICOLOGIA NÃO É CIÊNCIA????? Onde o Sr. viu isso? Que bela auto-crítica.....

memórias de um esquizofrênico disse...

Banalizaram a depressão. Ninguém pode ficar tristes por um motivo qualquer que já é depressão.
Me lembro bem quando o prozac estava na moda. Era tido como um medicamento milagroso, era só tomar e ser feliz, mas ninguém advertia que a bula desse medicamento era praticamente um livreto. A mídia falava tanto desse medicamento que resolvi tomá-lo, e realmente me senti melhor, mas o efeito foi psicológico, como um placebo,pois na minha cabeça eu estava tomando um medicamento milagroso que resolvia todos as minhas angústias e problemas. Acho que agora irão fazer o mesmo com a cetamina.

Anônimo disse...

O sujeito diz que psciologia não é ciência mas quer ser levado a sério.

R. Hines Homeopathy disse...

Os "tentaculos" da industria farmaceutica e seus remedios "milagrosos" estao por toda a parte, nos consultorios medicos, nos congressos medicos atraves de "estimulos (ex.: viagem, curso de golfe, jantares) aos medicos que receitarem seus medicamentos... A industria farmceutica compra ate a media e coloca um "spin" nas noticias. So nao percebe quem nao quer realmente se informar. Para se informar basta fazer uma pesquisa na internet (esta maravilhosa ferramente que temos hoje em dia) e para aqueles que falam e entendem ingles, a descoberta sera maior ainda pois como na Inglaterra e Estados Unidos, podemos achar muito mais informacao sobre tudo isto e muito mais...e fazer uma escolha informada e nao empurrada...

Vladimir Melo disse...

Talvez o modelo médico vendido hoje em dia seja o adotado por Michael Jackson e seu médico. Parabéns pelo texto, mais uma vez excelente!

Tania regina Contreiras disse...

Pobres inocentes manipulados aqui e ali, é o que somos. Não-Veja.

Anônimo disse...

Pior, os sujeitos que dizem que psicologia é ciência não apresentam nenhum argumento, partem pro direto pro ad hominem.
Além do mais será que a nossa formação científica é tão pobre que as pessoas não conseguem reconhecer a diferença entre ciência e técnica?

Anônimo disse...

Parabéns pela postagem! Eu já vou ler, agora queria apenas comentar que também escrevi no meu blog sobre o mesmo tema:
http://fujadovirtual.wordpress.com/2012/11/27/veja-as-mentirinhas-da-semana/

Estamos juntos na mesma travessia! Forte abraço!

thiago disse...

Apesar de não ter formação acadêmica para fazer uma afirmação, eu acredito que a psicologia é um elo entre as ciências humanas, cognitivas e as ciências da saúde. Por se utilizar de alguns métodos científicos dessas outras disciplinas, a psicologia para mim também é uma ciência.

Dito isso, o que é inegável sob qualquer ponto de vista é o fato de que a revista Veja claramente escreve matérias sobre assuntos de saúde pública de acordo com a sua agenda, e que está está a venda pra quem pagar mais. Saúde é utilidade pública. Matérias sobre esse assunto não devem ter agendas, mas sim a informação mais precisa possível e desassociada de quaisquer interesses comerciais e políticos. Esse para mim é o ponto central do post do Filipe Lisboa e como publicitário eu concordo com ele.

Unknown disse...

Quando o Daniel afirmou acima q psicologia não é ciência, é porque ele estudou Psicologia e fez bem a matéria de Epistemologia ! Parabéns Daniel ! =) ...psicologia não consegue medir, quantificar, nem reproduzir resultados controlados na mente humana, pode conseguir nas dos ratinhos, mas na humana não !!! Somos muito mais do que a simples soma das nossas partes ! O homem é simbólico, social, cultural, e peculiarmente subjetivo !!! Que bom q psicologia não é "ciência" !!! Sou da linha fenomenológica, que comprovou que o homem não pode ser quantificado e catalogado como a biologia vê uma plantinha. Biologia é ciência ! A revolução científica inicialmente levou a busca de tornar a psicologia "respeitável" através do "aval da ciência" até Freud, q mesmo sendo médico, possibilitou mostrar que o ser humano é muito mais complexo e subjetivo e mudou o que chamamos de PSICOLOGIA (de verdade) quando criou o "SET Terapêutico". Existem várias linhas da psicologia desde então... umas tendendo mais para buscar serem "científicas" e outras que compreendem e aceitam a COMPLEXIDADE do ser humano e não se interessam se são científicas ou não, mas o quanto são eficientes diante da ajuda que podem oferecer (através das técnicas respectiva a cada abordagem) aos milhares de problemas que cada indivíduo trás ao buscar terapia. Não sou contra a medicação quando necessária, mas o abuso dela com esse tipo de propaganda me assusta, ainda mais na época que vivemos... querem "robotizar" o ser humano também, como se uma pílula acabasse com todos os problemas e complexidade que existe dentro da mente de cada um !!! Falta pouco para as indústrias farmacëuticas inventarem a lavagem cerebral e a reprogramação mental... mas o q elas não sabem é que com a capacidade plástica do cérebro ir buscar e recuperar suas conexões, essa técnica nunca será eficiente ! Ainda Bem ! =) rsrsrsrssss Abraços e adorei seu artigo e seu Blog !!!

Unknown disse...

Propaganda ou Jornalismo ??? Ainda há dúvida ???
É PURAMENTE COMERCIAL... propaganda PURA !!!
O maior problema é que tem muita gente que AINDA
pensa que a Veja divulga informações imparciais !
Hoje em dia ?!!! ...nessa indústria do consumo equivoca-se
quem ainda acredita nas "boas intenções" de tudo que é
comercializado !!! ...é só dinheiro que conta... tudo gira
em função do "PODER" !!! ...do jeito que as coisas andam,
psicologia vai estar cada vez mais em alta... precisa-se de
muitos psis pra AJUDAR a "reparar" esse estrago CONSUMISTA compartilhado socialmente... Boa sorte à todos os colegas ! rsrsrsrs

Carla AGF disse...

Matéria paga!

Anônimo disse...

Indústria farmacêutica= dinheiro e poder. Já temos a cura de TODAS as doenças. Mas curar não dá lucros!

ERS disse...

Pena que Daniel e Jaqueline ainda trabalhem com a noção de ciência do século XIX... Sob este parâmetro de "ciência dura" (medir, quantificar, nem reproduzir), talvez nem a física moderna sobreviveria. Como reproduzir a anti-matéria?? Pelo amor!!! Vamos evoluir...

Ana disse...

Adorei o seu artigo!
E venho dar-lhe meu blog: http://palavras-embebidas-em-alma.blogspot.pt/ sou estudante de psicologia!! :)

Espero que goste, depois deixe comentário e espero que siga! :)

Anônimo disse...

OS REMEDIOS ENRIQUECEM OS SEUS DESCOBRIDORES E E PRODUTORES A MUITO MAIS TEMPO QUE SE POSSA IMAGINAR.(VEJAM A HISTORIA DE HIPOCRATES)VEJAM A RECENTE POLEMICA DO ARICLOMOZOL (TRATAMENTO DE E.L.A.)PORQUE ENTÃO TANTA INDIGNAÇÃO.SEMPRE FOI ASSIM E SEMPRE SERÁ,PORTANTO ACALMEN-SE,OU TAMBÉM SERÃO FUTUROS PACIENTES USUARIOS DESTAS NOVAS E "PROMISSORAS DROGAS" QUE,É CLARO IRÃO ENRIQUECER AINDA MAIS SEUS CRIADORES.

Anônimo disse...

E tese de doutorado, se não enriquece, algumas vezes sim, contribui com um belo aumento de salário pelo resto da vida. E quanto se pode ter isso por ter lido três revistas Veja, a contribuição da Veja para melhoria salarial desse é um ato invejável de promoção do bem estar social.


=======

Estatísticas científicas alarmantes, artigo de Nagib Nassar

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=84791

Ana Maria disse...

Olá Gostei muito do seu blog, este artigo em especial está muito bom. Também concordo com você em relação à Veja, revista conservadora que serve aos interesses de indústrias, empresário,s bancos...A solução na veja é sempre tomar algum remédio!
Acompanhe meu blog também:
anamariatardelli.blogspot.com.br

Anônimo disse...

Uma "ciência" incapaz de chegar a um consenso sobre o que deveria ser um dos fundamentos de sua razão de ser, como o ponto referente à existência ou não do "inconsciente" (e sua importância no sistema e efeitos práticos), já mostra por si mesma, que ainda não é ciência de fato, mas especulação sistemática pré-científica - assim como a sociologia, antropologia, ciência política etc. (sou sociólogo e posso falar). Esta é uma das razões porque me frustrei com o campo "ciências humanas" que NADA tem de científico, só mesmo de especulativo... O pessoal dessas áreas JAMAIS vão assumir isso, mas é a mais pura verdade. Se não são capazes de estabelece de vez alguns pontos - como a questão do inconsciente ou saber se há determinação química sobre o emocional, ou o contrário: do emocional sobre o químico -, jamais haverá progresso dentro do campo, só mesmo acúmulo sistematizado de conjecturas. A biologia não precisa ficar mais discutindo se o DNA fundamenta ou não a síntese proteica: está provado que sim e como é em alguns casos... e quanto à psicologia? Uns dizem que o inconsciente é importante, e é estruturado "assim e assaz"... outras correntes (ex.: cognitivo-comportamental) passam ao lado de toda e qualquer questão afeta ao conceito de "inconsciente", chegando a negá-lo... NÃO TEM JEITO: NÃO É CIÊNCIA. É ESPECULAÇÃO SISTEMATIZADA COM PRETENSÕES CIENTÍFICAS (o mesmo vale para a psiquiatria)

Anônimo disse...

Uma "ciência" incapaz de chegar a um consenso sobre o que deveria ser um dos fundamentos de sua razão de ser, como o ponto referente à existência ou não do "inconsciente" (e sua importância no sistema e efeitos práticos), já mostra por si mesma, que ainda não é ciência de fato, mas especulação sistemática pré-científica - assim como a sociologia, antropologia, ciência política etc. (sou sociólogo e posso falar). Esta é uma das razões porque me frustrei com o campo "ciências humanas" que NADA tem de científico, só mesmo de especulativo... O pessoal dessas áreas JAMAIS vão assumir isso, mas é a mais pura verdade. Se não são capazes de estabelece de vez alguns pontos - como a questão do inconsciente ou saber se há determinação química sobre o emocional, ou o contrário: do emocional sobre o químico -, jamais haverá progresso dentro do campo, só mesmo acúmulo sistematizado de conjecturas. A biologia não precisa ficar mais discutindo se o DNA fundamenta ou não a síntese proteica: está provado que sim e como é em alguns casos... e quanto à psicologia? Uns dizem que o inconsciente é importante, e é estruturado "assim e assaz"... outras correntes (ex.: cognitivo-comportamental) passam ao lado de toda e qualquer questão afeta ao conceito de "inconsciente", chegando a negá-lo... NÃO TEM JEITO: NÃO É CIÊNCIA. É ESPECULAÇÃO SISTEMATIZADA COM PRETENSÕES CIENTÍFICAS (o mesmo vale para a psiquiatria)

ganhar curtidas facebook disse...

Incrivel!

Anônimo disse...

No exato momento em que um conceito científico torna-se uma certeza, deixa de ser ciência e sucumbe ao dogma. Não há espaços para certezas (a menos que sejam temporárias e processuais) na ciência. Há sim muito espaço para isso nas religiões: é lá que não se pode duvidar.
Um conceito tão fechado de ciência - que nem Comte pretendeu, espreme e reduz a própria noção de Ciência.

ganhar curtidas disse...

muito bom os seus post!

automacao email marketing disse...

Muy bueno tu blog y estoy siguiendo su cargo por un largo tiempo!

ganhar seguidores disse...

Muy bueno tu post!

Anônimo disse...

Fala sério... todos os comentários sobre a cientificidade da Psicologia que contém as expressões "eu acho", "para mim", "eu acredito", podem ser compreendidas apenas como opinião. O senso comum só compreende Ciência baseada no empirismo... uma coisa nova, iniciada conceitualmente pelos Gregos antigos... um dia desses. Por esse mesmo princípio... grande parte da física, da informática e cosmologia também não é ciência. E também não o é grande parte da medicina, porque até aqui... não sabemos 100% como agem os medicamentos em cada organismo... Lemento pelo preconceito e desinformação de alguns. Évio

Anônimo disse...

Sou estudante de Farmácia, e sei que a Indústria Farmacêutica é manipuladora e visa apenas o lucro de se mesma, não importando com o preço de vidas. Eles não querem a cura das doenças mas sim o tratamento eterno, para que nunca deixe de vender seus venenos.