Psicologia dos Psicólogos: Piso Salarial dos Psicólogos

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Piso Salarial dos Psicólogos

Recebi hoje o seguinte e-mail: "Prezados associados e demais psicólogos(as), segue em anexo texto do Projeto de Lei 5440/2009, de autoria do Dep. Mauro Nasif (PSB/RO), buscando estabelecer o Piso Salarial dos Psicólogos em R$ 4.650,00. Recebemos o pedido de divulgação da Federação Nacional de Psicólogos - Fenapsi (http://fenapsi. org.br/site/). Solicitamos que encaminhem para seus contatos. É do interesse da categoria publicizar ações que evidenciem a necessidade de mudança na realidade trabalhista do psicólogo brasileiro, pois acredita que uma luta de todos(as) só se faz com todos(as). Cadastrem-se no sítio da Câmara para acompanhamento do Projeto".

O Projeto de Lei - Clique aqui para ler.
Consulta para acompanhamento do Projeto na Câmara: clique aqui.
Deputado Mauro Nazif: clique aqui.
Email do Dep. Mauro Nazif: dep.mauronazif@camara.gov.br

Não custa lembrar o que disse o genial dramaturgo e poeta alemão Bertold Brecht no poema "O analfabeto político", recitado no belo video que segue.

Comentários

11 Comentários

11 comentários:

Anônimo disse...: Até q enfim encontrei uma pessoa q valoriza a profissao!!! Adorei O PROJETO E REALMENTE O PSICOLOGO está se desvalorizando me sentia como um peixe fora d agua sufocada achando q vivia em um mundo utópico mas nesse momento encontrei o meu oceano VAMOS LUTAR VAMOS MELHORAR NOSSAS CONDIÇOES DE VIDA POIS NAO NOS PREPERAMOS PARA UMA PROFISSÃO POR NO MINIMO CINCO ANOS PARA SERMOS MASSACRADOS POR SALARIOS VERGONHOSOS E SUFOCADOS POR TECNICOS Q COMPOEM OS FAMOSOS cras. Vamos em frente psicologos de todo país q se sintam injustiçados como EU!!! caviviane@ig.com.br. Sozinhos somos um grão de areia mas juntos formamos uma muralha; 21 de novembro de 2009 às 10:33
Anônimo disse...: Concordo plenamente com as idéias dadas a cima, estou no último ano do ensino médio e quero fazer faculdade de psicologia. Portanto eu apóio 100% neste projeto!; 30 de julho de 2010 às 09:09
Anônimo disse...: Sou estudante de psicologia e é uma pena vermos que em pleno 2011 ainda não temos a valorização necessária para a aprovação de um piso para profissionais que promovem o desenvolvimento humano e auxiliam prevenção da saúde pública.
É notável que nossa sociedade tenha se tornado cada vez mais complexa, constituindo um quadro alarmante de conflitos e mudanças de valores, em que as esferas da vida privada e pública a um só tempo se polarizam e se (con) fundem em uma mesma dimensão. E
O consumismo, decorrente da industrialização e do avanço da tecnologia, a violência e a mídia parecem assumir grande influência no estilo de vida das pessoas, na forma de pensar destas e dos gestores deste país, substituindo boa parte dos modelos tradicionais de relações.
E é mais vergonhoso nos depararmos com colegas de trabalho que se sujeitam a estes vergonhosos “salários” que são propostos e o grande discurso dos governantes do nosso país, onde se dizem tão preocupados com o desenvolvimento do mesmo. Onde paga-se mau para profissionais que cuidam da saúde publica e da educação. O revoltante é não fazermos nada, enquanto tem áreas supervalorizadas e profissionais que ganham R$ 5.000,00, 15.000,00 e etc. não desvalorizando outras áreas, mais como temos profissionais da área da comunicação que ganha muito bem e parabéns para eles por saberem acontecer. E nós (psicólogos e futuros) somos bastante culpados, pois, não nos reunimos e lutamos para mostrar para a sociedade o nosso trabalho, o que demonstra para a maioria dos empregadores que estamos fazendo o que? Brincando de Divã, de ouvir, de conversar, ganhando para fazer nada ou brincar. E não ralando e estudando. Ficamos 5 anos e, em uma graduação para que? Lemos durante e depois diversos livros, coloquem diversos nisso, e os anos em especialização em uma determinada vertente... sim pois temos que ter uma identidade profissional, então não são apenas 5 anos...fora as especializações que qualquer área profissional possui. Já parou para pensar, vocês Psicólogos o quanto que lemos e nos preparamos teoricamente, acham que é pouco? Que merecemos estabelecer um piso menor do que as demais profissões que recebem 6, 7, 8 salários?! PQ? VAMOS A LUTA, ACORDEM!; 11 de julho de 2011 às 16:44
Anônimo disse...: Concordo com todos os comentários principalmente o de cima... Uma profissão tão pouca divulgada e sem valorização já passou da hora das pessoas não terem mais preconceito com a profissão estudamos muito... estudamos por 5 anos e mais graduação para o bem estar das pessoas o que de diferente das outras profissões que ganham mais que um salário minimo não estou dizendo que eles não merecem mais nós também merecemos ser reconhecidos.; 5 de setembro de 2011 às 09:55
Anônimo disse...: Concordo plenamente com os comentários... Já passou da hora do profissional psicologo ser reconhecido e parar com esse preconceito com a profissão não ter um piso salarial é só mais um preconceito da sociedade... Vamos juntos acabar com essa desvalorização da profissão...; 5 de setembro de 2011 às 09:59
Anônimo disse...: Faz anosssssss que estamos nessa luta, nessa briga em relação ao piso salarial do Psicólogo, isso é um descaso!!!! espero que de fato algo se resolva e que a classe se reuna em prol de melhoras em nossa profissão. Pelo bem-estar pessoal e profissional de todos os interessados!; 21 de setembro de 2011 às 07:23
Anônimo disse...: Essa situação precisa ser mudada urgentemente! Somos uma classe desunida e passiva, por isso aceitamos receber sempre uma miséria e estra sempre abixo de outros profissionais. Sou Psicóloga há 13 anos, tenho 3 especializações, recebo o mesmo salário há 5 anos - com correções inflacionárias. Sempre menor do que o Administrador, O Engenheiro, o Dentista, o Advogado, o Médico... Acaso trabalhamos ou estudamos menos que estes? Acaso temos menor importância na nossa prática? Muitas vezes na Saúde ou nas empresas, somos nós que determinamos o trabalho, que fazemos a diferença, mas só temos status... Nosso salário é infame, não cobre nem os custos de formação e de educação continuada... Amo ser Psicóloga, mas estou realmente arrependida e decepcionada com a nossa profissão. Se fosse hoje, honestamente, teria seguido outra área. coninuo lutando, mas eu não acredito que as coisas mudem porque se já não temos emprego com esse miseráveis salários, se criarem um piso justo, o que irá acontecer? Continuo lutando... quem sabe um dia....; 4 de outubro de 2011 às 09:48
Anônimo disse...: Até que enfim alguém pela nossa profissão tão desvalorizada!! Mais do que na hora de mudar essa situação, uma profissão tão linda e tão necessária para todos, sendo tratada com tamanho descaso!!! Espero que um dia não muito distante a mudança aconteça!; 22 de janeiro de 2012 às 18:25
Anônimo disse...: Vamos nos mobilizar... vamos usar o facebook para informar sobre a necessidade de um piso salarial para a classe... está passando da hora de haver melhorias nas nossas condições de trabalho... principalmente no que tange à questão salarial...; 25 de janeiro de 2012 às 13:46
Unknown disse...: oi eu estou no final do ensino medio e penso em fazer psicologia, pois acho interesante...

E meu professor de sociologia passou esse poema, achei otimo esse poema... e os comentarios estao otimos concordo com vcs... espero q o salarios de psicologos sejam aumentado tbm... :D; 18 de setembro de 2012 às 11:08
Anônimo disse...: isso e uma vergonha; 9 de julho de 2013 às 17:55

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Sobre o discurso neurocientífico

"Se a ciência tem uma função primordial, ela consiste na promoção do exame crítico da realidade, mas não na criação de histórias fantásticas e mitos alienantes. E se não podemos encontrar respostas definitivas para certas perguntas que temos levantado sistematicamente ao longo dos tempos, isso talvez aponte para certos limites de nosso conhecimento, o que nos obriga a recordar permanentemente os obstáculos que persistem, para não corrermos o risco de cair em novas formas de dogmatismo. Sendo assim, se a metafísica dualista é um resquício de nossa ingenuidade teórica e de nossa ignorância epistêmica, por que deveríamos considerar menos ingênua uma corrente de pensamento que atribui propriedades mágicas ao cérebro, transformando-o assim em um novo fetiche? No discurso neurocientífico contemporâneo, parece realmente haver menos ciência do que normalmente se imagina" (Saulo de Freitas Araújo)

Ciência como empreendimento humano

"É importante descrever da forma mais transparente possível o funcionamento da ciência para a sociedade - tanto seu gigantesco potencial quanto as suas limitações. Infelizmente, muitos cientistas fazem declarações exageradas, defendendo um triunfalismo positivista inadequado, onde a ciência, ao menos em princípio, pode resolver todas as questões. Uma visão bem mais realista é considerar que a ciência, enquanto empreendimento humano, é limitada e falível. Basta revisitar alguns episódios de sua história para convencer-se disso, notando como conceitos e visões de mundo mudaram - às vezes radicalmente - à medida que aprendemos mais sobre a Natureza e nosso lugar nela" (Marcelo Gleiser)

Os limites das neurociências

"Conhecer o cérebro humano e os processos cognitivos e comportamentais pode ajudar imenso a decifrar zonas que até hoje permanecem obscuras. Mas eu gostaria de pensar que a própria neurociência se deve pensar criticamente e aceitar os limites da sua intervenção. É fácil crer que os neurocientistas, porque tocam nos segredos dos segredos, conhecem mais do que ninguém o ser humano. Mas isso não é tão simples. O que nos faz ser humanos não são apenas essências físicas, químicas ou complexos circuitos neuronais. É algo que se localiza nas relações intangíveis, nas trocas que não podem ser traduzidas em números. Há uma dose de mistério que não irá nunca ser completamente conhecida. E isso não é mau. Precisamos de saber mais, mas faz da nossa natureza fascínio pelo desconhecido" (Mia Couto)

Os riscos do reducionismo

"O sucesso da neurociência faz com que muitos caiam em explicações simplistas. Tudo que tem relação com o cérebro é complexo, e por isso os neurocientistas devem se explicar mais, sempre. O reducionismo traz muitos riscos. Há quem acredite que podemos resolver a dor e a tristeza só tomando pílulas, o que é ridículo. Medicamentos não são a única solução. Estamos imersos em afetos, relações sociais, a justiça, a política, a economia... Não se pode isolar o cérebro disso tudo. Não é vantajoso neurologizar todos os problemas que temos" (Antônio Damásio)

Medicalização da vida

"Uma vez classificadas como 'doentes', as pessoas tornam-se 'pacientes' e consequentemente 'consumidoras' de tratamentos, terapias e medicamentos, que transformam o seu próprio corpo no alvo dos problemas que, na lógica medicalizante, deverão ser sanados individualmente. Muitas vezes, famílias, profissionais, autoridades, governantes e formuladores de políticas eximem-se de sua responsabilidade quanto às questões sociais: as pessoas é que têm 'problemas', são 'disfuncionais', 'não se adaptam', são 'doentes' e são, até mesmo, judicializadas (...) A medicalização tem assim cumprido o papel de controlar e submeter pessoas, abafando questionamentos e desconfortos; cumpre, inclusive, o papel ainda mais perverso de ocultar violências físicas e psicológicas, transformando essas pessoas em 'portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem'"(Manisfesto do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade)

O ceticismo necessário

Responsabilidade

"Algo saiu muito errado. Estão confundindo explicação com absolvição. Ao contrário do que insinuam os críticos das teorias das causas biológicas e ambientais do comportamento, explicar um corportamento não é desculpar quem o executou (...) Se o comportamento não é totalmente aleatório, há de ter alguma explicação; se o comportamento fosse totalmente aleatório, não poderíamos responsabilizar a pessoa em nenhum caso. Portanto, se alguma vez responsabilizarmos pessoas por seu comportamento, terá de ser a despeito de qualquer explicação casual que julguemos cabível, independente de ela invocar genes, cérebro, evolução, imagens da mídia, dúvida sobre si mesmo, criação ou convívio com mulheres briguentas. A diferença entre explicar um comportamento e desculpá-lo é captada no ditado "Compreender não é desculpar", e foi salientada de diferentes modos por muitos filósofos, entre eles Hume, Kant e Sartre. A maioria dos filósofos acredita que, a menos que uma pessoa seja realmente coagida (ou seja, se alguém apontar uma arma para sua cabeça), devemos considerar suas ações livremente escolhidas, mesmo se forem causadas por eventos no interior do seu crânio" (Steven Pinker)

Uma postura crítica

"Ajudamos a controlar crianças inquietas na escola, a melhorar a disciplina, a controlar a sexualidade; contribuímos com nosso saber para asilar os loucos, as prostitutas, os desempregados; ajudamos a ocultar a produção das desigualdades sociais justificando-as como diferenças individuais; criamos instrumentos de seleção e categorização; pusemos o homem certo no lugar certo; isentamos a escola de suas deficiências com nosso conceito de dificuldades de aprendizagem; chegamos até a justificar acidentes de trabalho pela pulsão de morte; construímos exclusão de minorias através da concepção de patologia nas condutas. Apresentamos como necessária e normal a constituição da família burguesa das camadas médias e condenamos as famílias das camadas de baixo poder aquisitivo à patologia; fizemos do homem branco, europeu, heterossexual, das camadas médias, o modelo da normalidade (...) Justificamos e reafirmamos a normalidade das condutas das camadas dominantes, apresentando-as como naturais. Retiramos desta natureza o conceito de normalidade. Enfim, tornamos normal o que é dominante. Esse tem sido o nosso compromisso social". (Ana Bock)