Não sei se vocês viram ontem, na Band, o debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo mas saibam que, durante as considerações finais, o nível baixou consideravelmente. Principalmente quando o Sr. Paulo Maluf falou aos telespectadores: "Eu acredito que está mais preparado para ser prefeito não uma psicóloga (Marta Suplicy) nem um anestesista (Geraldo Alckmin), mas sim um engenheiro (ele próprio)". Este é, segundo Maluf, o seu "grande diferencial" e o que mais lhe capacita para a gestão da prefeitura de São Paulo. Para ele nem uma psicóloga nem um médico estão tão capacitados para a vida pública quanto um engenheiro. O detalhe é que nenhum deles exercem as profissões em que formaram já há muitos anos, em alguns casos há décadas: tornaram-se políticos profissionais. De qualquer forma, a frase do Paulo "Rouba mas faz" Maluf é de um preconceito imenso contra as duas categorias profissionais citadas. O que faz a competência de um político não é, de forma alguma, sua profissão ou sua formação profissional. Outros fatores são fundamentais como a capacidade de articulação, a responsabilidade, a honestidade, etc. Caro Maluf, não confunda as coisas! Um bom profissional não é necessariamente um bom político, muito menos o contrário.