Com relação ao quarto argumento, cabe considerar que ao nos alimentarmos também produzimos alterações cerebrais. Ao ficarmos tristes também, da mesma forma que ao caminharmos pela rua. Agora, o fato de haver correlação entre certos comportamentos e certas alterações cerebrais não diz nada sobre se o comportamento é patológico ou não. As imagens do cérebro não falam por si, precisam ser interpretadas. Outro erro também muito comum tem sido confundir correlação com etiologia ou causalidade: de fato nossa tristeza é acompanhada por uma série de alterações cerebrais, dentre elas uma diminuição no nível de certos neurotransmissores. Mas isto não significa dizer que é a baixa da serotonina que causa a depressão. Significa apenas que uma coisa acompanha a outra. Pode ser até que ocorra o contrário, que a depressão ou a tristeza cause a baixa de serotonina. Há autores que argumentam que o cérebro mais reage ao que fazemos ou pensamos do que efetivamente age. Ou seja, estamos no controle, não ele.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
TDAH existe?
Com relação ao quarto argumento, cabe considerar que ao nos alimentarmos também produzimos alterações cerebrais. Ao ficarmos tristes também, da mesma forma que ao caminharmos pela rua. Agora, o fato de haver correlação entre certos comportamentos e certas alterações cerebrais não diz nada sobre se o comportamento é patológico ou não. As imagens do cérebro não falam por si, precisam ser interpretadas. Outro erro também muito comum tem sido confundir correlação com etiologia ou causalidade: de fato nossa tristeza é acompanhada por uma série de alterações cerebrais, dentre elas uma diminuição no nível de certos neurotransmissores. Mas isto não significa dizer que é a baixa da serotonina que causa a depressão. Significa apenas que uma coisa acompanha a outra. Pode ser até que ocorra o contrário, que a depressão ou a tristeza cause a baixa de serotonina. Há autores que argumentam que o cérebro mais reage ao que fazemos ou pensamos do que efetivamente age. Ou seja, estamos no controle, não ele.
4 comentários:
- henrique pinto gomide disse...
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Gostei da argumentação.
Abs Henrique - 30 de novembro de 2011 às 12:30
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É simples argumentar contra o TDAH quando não se tem esse transtorno, e falo aqui como pessoa com TDAH porque eu sim sei falar do que sinto, de como vejo o mundo, de como o processo de aprendizagem é doloroso para quem tem TDA. Falar contra uma medicação que ajuda as pessoas que sofrem com esse transtorno é ser hipócrita. Confundir a mente de tantas famílias que já sofrem por admitir que seus filhos e até mesmo eles próprios precisam de um tratamento medicamentoso é pura maldade, pois a evidência que o TDAH tem tomado atualmente muito tem ajudado pessoas como eu que antes eram tratadas como desorganizadas, "endiabradas", desleixadas, entre tantos outros adjetivos pejorativos. Na minha leiga opinião esse transtorno merece tanta atenção quanto um outro transtorno qualquer para que não haja tantos diagnósticos errados como citado no texto acima, porém o que não cabe são falácias de pessoas que nem se quer estudaram um caso de TDAH e apenas emitem uma opinião para confundir a população leiga que já sofre tanto com esse transtorno.
Atenciosamente, Paula Dannyelly Coelho Rodrigues, 25 anos, pessoa com TDAH e que faz uso do medicamento RITALINA. - 10 de junho de 2013 às 03:59
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Felipe, depois de ler seus comentários, só há duas possibilidades de conclusão:
- Ou você não estudou a sério o assunto e achou, equivocadamente, como muitas pessoas fazem, que tem embasamento para opinar, acabando por fazer declarações completamente ignorantes.
- Ou você é burro mesmo.
Não preciso nem me dar ao trabalho de me estender muito para provar seus erros. Só peço que as pessoas, antes de julgar seus comentários, estudem um pouco o assunto. Elas chegarão, obviamente, na mesma conclusão que eu.
Apenas uma coisa salva no seu comentário: realmente, hoje em dia, pessoas tem sido medicadas sem possuir realmente o transtorno. Mas isso não significa que ele não exista. Significa apenas que os profissionais tem pecado no diagnóstico, seja por incompetência ou seja por interesse. Por isso, é fundamental questionar o tratamento e estudar o assunto. - 17 de setembro de 2013 às 20:17
- Felipe Stephan Lisboa disse...
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Caro anônimo, se vc não explicitar qual ou quais foram exatamente os meus equívocos ou burrices, eu não posso lhe responder. Deixe claro o que não concorda com minha posição que eu tentarei lhe responder. De qualquer forma, já escrevi mais a respeito disso, dê só uma lida: http://psicologiadospsicologos.blogspot.com.br/2012/07/sobre-o-tdah-e-outras-invencoes.html. Atenciosamente. Felipe
- 17 de setembro de 2013 às 21:10