No site do Senado Federal está ocorrendo uma enquete bizarra (link): "Você é a favor da aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais?". O resultado, mais bizarro ainda, pode ser visto acima. Até o momento há um empate técnico. Em seu blog, o crítico de cinema Pablo Vilaça comentou de forma brilhante tal enquete:
Ora, para mim, esta seria uma pergunta óbvia por natureza. Como assim, se sou a favor de uma lei que pune a discriminação? Isto é pergunta que se faça? O que perguntarão a seguir... se sou contra apedrejamentos e estupros? Que pergunta idiota. Quem, em pleno 2009, seria capaz de defender o preconceito? Quem, a esta altura do campeonato, poderia justificar que a intolerância se transformasse em lei? Aparentemente, metade das quase 300 mil pessoas que votaram na enquete. Há momentos em que, confesso, as palavras me fogem. Busco articular minha descrença, minha revolta, e é como se artigos, substantivos e adjetivos olhassem para mim e dissessem: "Que se foda! Se vire sem a gente; isso tudo é absurdo demais para nós!". E é profundamente absurdo. Mais: é surreal. Que tipo de gente é esse? Quem são esses seres humanos que se julgam tão superiores aos seus colegas de espécie que são capazes de afirmar que o preconceito é algo que deveria ser permitido pelo Estado? Já não basta negar certos direitos aos homossexuais (como o casamento)? Agora é preciso tirar deles também o direito de serem respeitados? Sério: quem são essas pessoas?
Os videos abaixo respondem à pergunta de Pablo:
Afinal, como disse Einstein, "duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana; e eu não estou certo a respeito do universo".