
Mas o que gostaria de comentar esta semana é a descoberta de que minha conterrânea, a BBB juizforana Josiane Oliveira fez faculdade de Psicologia. Descobri este fato numa notícia publicada no site Ego que traça um perfil da cantora e diz que "há três anos, a mineira largou uma bem-sucedida carreira de psicóloga numa estatal para ser cantora". Outros sites e blogs, no entanto, falam que Josy largou a faculdade de Psicologia para se dedicar à música. Assim, o que ela teria abandonado seria o estágio na tal estatal e não o emprego de psicóloga, pois não teria chegado a tanto. Outra matéria, desta vez no site Terra, afirma que "Josiane pegou Milena de surpresa ao dizer, nesta terça-feira, que quando ainda atuava como psicóloga trabalhou em um presídio. 'Eu atendia lá e acabei montando um coral com os presos. Foi uma experiência muito bacana. Teve um Natal que a gente se apresentou e foi muito emocionante', contou. A cantora afirmou que não sentia medo de trabalhar lá, apesar de ficar presa em uma cela com 40 presidiários durante os ensaios. 'Pelo contrário! Eles diziam que se alguém fizesse alguma coisa comigo iam me proteger', explicou. 'Saí de lá porque tiveram várias rebeliões e meu pai ficou com medo', falou um pouco antes de encerrar o assunto".
Assim, pelo que parece, Josi chegou a formar em psicologia e até a atuar como psicóloga, mas o que gostaria de problematizar é o seguinte: OK, ela formou em psicologia, atuou como psicóloga, mas abandonou tudo e virou cantora. Minha pergunta é: ela ainda pode ser chamada de psicóloga? Ou seja, o que faz uma pessoa psicóloga é o fato de ela ter formado em um curso de Psicologia ou de ela atuar na profissão? O fato de eu ter o diploma de Bacharel em Psicologia (ou seja, de Psicólogo) e trabalhar, por exemplo (pois não é o caso), como taxista, me dá o direito de dizer para o mundo "Eu sou Psicólogo"?. A questão vai um pouco além da validade legal do diploma porque muitos formados em Psicologia que não exercem a profissão (e, desta forma, não estão vinculados ao CFP) acabam exercendo a profissão informalmente, dando pitaco, sem embasamento algum, sobre tudo e todos. São os opinadores de plantão!
