segunda-feira, 28 de março de 2022

Quando a realidade supera a ficção: sobre "O caso do policial canibal" e "Finders keepers"

Eu já indiquei lá no meu perfil no Instagram mas queria deixar registrado também aqui no blog a sugestão de dois documentários norte-americanos bizarríssimos, que provam que a realidade frequentemente supera a mais louca ficção: 1) "O caso do policial canibal" (2015): disponível na HBO Max, este documentário conta a história de um policial que foi preso por compartilhar anonimamente em um site algumas fantasias sobre canibalismo. Você leu corretamente: o sujeito foi preso por fantasiar coisas bizarras na internet. Ele nunca comeu ninguém (neste sentido mais literal, claro), ele apenas imaginou e compartilhou com algumas pessoas suas fantasias canibais - e foi preso e condenado por isso. Agora imagina só se as pessoas começassem a ser presas por conta de suas fantasias e intenções e não somente por suas ações? Muito provavelmente não existiriam vagas suficientes nas prisões para tantos criminosos. 2) "Finders keepers" (2015): disponível na Prime Vídeo, este documentário - cujo título poderia ser traduzido como "Achado não é roubado" - conta a história de um sujeito que comprou uma churrasqueira usada e encontrou dentro dela um pé humano mumificado. Daí o "dono" do pé - isto é, o homem que perdeu o pé em um acidente e que decidiu mumificá-lo (e que depois perdeu seu pé pela segunda vez esquecendo-o no interior da churrasqueira vendida) - entrou em contato com esse sujeito demandando seu pé de volta. Mas o sujeito não quis devolver e o caso virou uma batalha judicial pela posse de um pé decepado. Uma história bizarra com personagens mais bizarros ainda.

Saiba mais sobre "o caso do policial canibal" nesta excelente reportagem da BBC.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Palestra: "Uma (breve) história do cérebro plástico"

Ontem à noite eu tive a honra de participar da XI Semana Nacional do Cérebro da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), evento organizado pela equipe do Laboratório de Psicofisiologia da instituição. Nesta palestra, intitulada "Uma (breve) história do cérebro plástico", eu discorri sobre um dos tópicos que venho desenvolvendo no doutorado, que é uma tentativa de (re)construir a história da ideia e do conceito de neuroplasticidade, fundamental para o campo neurocientífico contemporâneo. Caso este assunto te interesse, assista à palestra na íntegra no video abaixo, disponível no canal do Núcleo de Transmissão da UFOP (Nutrans). E aproveito a ocasião para agradecer ao querido Aisllan Diego de Assis, docente do Departamento de Medicina de Família, Saúde Mental e Coletiva da UFOP (e antigo colega de mestrado lá no Instituto de Medicina Social da UERJ), pelo convite. Foi uma honra falar sobre este tema que considero tão interessante - e que está tão fresco em minha mente - para um evento tão importante como esse!