terça-feira, 25 de novembro de 2008
Psicologia na TV - Parte 2
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Não dá para competir - Volume 8
Notícias imbecis, manchetes idem - p.3
Saiu ontem no site português Exame Informática:
E se o telemóvel substituir o psicólogo?
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Fábio Assunção vai pra Rehab
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Ensaio sobre a nossa cegueira
OBS: A crítica de Pablo Vilaça do filme, como sempre, é excelente.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Não dá para competir - Volume 7
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Lançamento - Mentes Perigosas
Ana Beatriz, acusada por muitos acadêmicos invejosos e pouco (ou nada) lidos, de superficial e popularesca, é, na minha opinião, uma ótima divulgadora do campo “psi”. Ainda que não tenha a genialidade dos grande divulgadores científicos (Carl Sagan, Stephen Jay Golud, Richard Dawkins, Antonio Damásio, etc), a autora atinge seu objetivo (alertar e explicar à população sobre as psicopatologias) sem precisar recorrer ao insuportável porém disseminado "academiquês", linguagem hermética e ininteligível, utilizada por intelectuais - comumente psicanalistas - que, inseguros quanto ao próprio conhecimento, escrevem de forma a gerar nos leitores um estranho comportamento: quanto menos eles entendem o que está escrito, mais admiram o escritor. Devem pensar: “se eu não estou entendendo o texto é porque eu sou burro; e se eu sou burro é porque o escritor é inteligente”. E assim, estes intelectuais são colocados no Olimpo acadêmico e idealizados para todo o sempre... NOT!!! (como diria Borat).
Psicologia Espacial
Astronautas ganham psicólogo online
BOSTON – Seu trabalho é perigoso e seus colegas dependem de você para ficar vivos. Você não pode se afastar desses colegas, não vê sua família por meses – até anos – e a comida não é boa. E esqueça de dar uma volta para tomar um ar. Sem dúvida, a aventura do vôo no espaço pode sempre ser estressante, isolador e depressivo. Por isso, cientistas estão trabalhando para dar aos computadores a possibilidade de oferecer o entendimento – se não todo o conforto – de um terapeuta humano, antes que problemas psicológicos e conflitos interpessoais comprometam a missão. Testes clínicos no projeto de US$ 1,74 milhão e quatro anos para a Nasa, chamado Estação Espacial Virtual, devem começar em Boston no próximo mês. O novo programa não tem nada do HAL, de “2001: uma Odisséia no Espaço”. A interação entre o astronauta e a Estação Espacial Virtual é menos sofisticada e mais benevolente. No projeto, patrocinado pelo National Space Biomedical Research Institute, um terapeuta gravado em um vídeo guia o astronauta por uma terapia bastante usada na depressão chamada “tratamento de resolução de problemas”. A gravação ajuda os astronautas a identificarem as razões para sua depressão. O programa, então, ajuda-os a fazer planos para lutar contra a depressão, baseados nas descrições que os astronautas digitam sobre seus problemas. Os astronautas também podem aprender estratégias para lidar com conflitos por um jogo interativo e até mesmo ler livros de psicologia. Apesar de ser direcionado a astronautas, os líderes do projeto acreditam que ele poderia ajudar os pacientes da Terra que não vão a um terapeuta por causa do custo ou do orgulho, ou por viverem em áreas rurais com poucos psicólogos.
Ainda sobre este assunto comenta o psicólogo behaviorista Felipe Epaminontas em seu excelente blog Ciência e Psicologia:
Eu sempre quis ir ao espaço, mas pra que enviariam um psicólogo ao espaço? Bom, de acordo com o Universe Today, eu já tenho uma desculpa para isso! O fator psicológico dos astronautas é de grande preocupação atualmente para a NASA, principalmente quando se pensa em viagens de longa duração à Lua e Marte. A grande preocupação é a possibilidade de depressão e conflitos interpessoais. Em outro planeta, se ocorre algum desentendimento entre você e seu colega, não há como excluí-lo de sua vida. Se sentir saudades, não dá para voltar para casa. Em caso de acidentes, não existem serviços de emergência. Um estudo já está sendo feito na Terra em que voluntários passam vários dias isolados do resto do mundo realizando tarefas, com o objetivo de encontrar os principais desafios psicológicos do isolamento e maneiras de superá-los. Desafio que pode ser comparado aos grandes navegadores deixando seus continentes pela primeira vez. Mas nem tudo são tragédias: ao passar muito tempo no espaço ou andando pela Lua, alguns astronautas (ex. Russel Schweikart, Apollo 9; Edgar Mitchell, Apollo 14) relataram uma sensação de euforia e uma espécie de “conexão cósmica” com o universo. Um estado semelhante ao de monges budistas (ou algumas pessoas sobre efeito de LSD?). Será efeito da falta de gravidade no cérebro? Ou resultado de experiências tão diferentes?
Esta nova "possibilidade" de atuação profissional não deve vingar no Brasil. Estamos como sempre estivemos, por fora da corrida espacial em andamento no mundo. Com relação à atuação online já temos algumas experiências (ver aqui, aqui e aqui), embora o CFP proiba qualquer trabalho psicoterapêutico não-experimental mediado por computador (ver Resolução n° 12 de 2005) e tenha instituido, através da Resolução n° 6 de 2000, a Comissão Nacional de Credenciamento e Fiscalização dos Serviços de Psicologia pela Internet. De acordo com a primeira resolução citada (12/2005):
São reconhecidos os serviços psicológicos mediados por computador, desde que não psicoterapêuticos, tais como orientação psicológica e afetivo-sexual, orientação profissional, orientação de aprendizagem e Psicologia escolar, orientação ergonômica, consultorias a empresas, reabilitação cognitiva, ideomotora e comunicativa, processos prévios de seleção de pessoal, utilização de testes psicológicos informatizados com avaliação favorável de acordo com Resolução CFP N° 002/03, utilização de softwares informativos e educativos com resposta automatizada, e outros, desde que pontuais e informativos e que não firam o disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e nesta Resolução.
CFP versus Vaticano
Apesar de considerar preconceituosa a posição, o Conselho não desconhece a soberania do Vaticano em definir suas normas internas. Contesta, isto sim, que a Igreja recorra aos psicólogos para respaldar esta posição e ignore os avanços dos movimentos sociais em todo o mundo, que defendem o direito à livre orientação sexual.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Psicologia e Homofobia
Só faltava essa:
Vaticano cria teste para identificar e banir gays
O Vaticano anunciou que irá adotar testes psicológicos para identificar tendências homossexuais em candidatos a padres. A decisão faz parte de um documento recém divulgado. As novas regras de orientação aos vocacionados inclui uma série de características que, identificadas no candidato, significam a sua reprovação ao sacerdócio. Aprovado pelo Papa Bento XVI, os testes devem ser aplicados em seminários católicos, mas o Vaticano informou que a submissão ao teste é voluntária. No conjunto de características listadas como impróprias para ser padre estão "estranhas tendências homossexuais", "identidade sexual incerta" e "excessiva rigidez de caráter", além de "forte dependência afetiva. Segundo o Vaticano, além da homossexualidade, a incidência de padres pedófilos também contribuiu para a criação e adoção dos testes. O documento com os testes é intitulado "Diretrizes para o Uso de Psicologia e Formação na Admissão dos Candidatos ao Sacerdócio". Em um dos anunciados contidos nele, uma frase ressalta: "erros no discernimento das vocações não são raros". A Igreja trata a homossexualidade, no documento, como "defeito." Está escrito: "a identificação dos defeitos antes do sacerdócio vai ajudar a evitar muitas experiências trágicas". Os testes serão executados por técnicos habilitados (psicólogos) e pretende identificar “imaturidade grave” e desequilíbrios de personalidade, os mesmos que a igreja atribuiu aos homossexuais.
Agora só falta criar um teste para identificar pedófilos...
OBS: ainda bem que no Brasil o CFP lançou a Resolução n°1 de 1999, que "Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual," afirmando, dentre outras coisas, que "os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados", muito menos "colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades". Infelizmente esta resolução não impediu alguns "pecados" por parte de alguns "profissionais".
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Psicologia em Cordel
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Psicologia dos Simpsons
Curta da Semana - O bispo
Este video conta a história de Artur Bispo do Rosário (1909-1989), artista plástico e interno da Colônia Juliano Moreira. Quem o apresenta é Fernando Gabeira, isto é, o antigo Fernando Gabeira - o da tanguinha, da defesa da maconha, o combatente, o engajado e liberal; não o novo, este babaca sem opinião que se aliou à direita (PSDB e DEM/PFL) na tentativa de vencer as eleições municipais do Rio de Janeiro. Se deu mal: foi vender a alma pro DEMo, se fudeu! Bem feito!!! De qualquer forma, este video, da década de 80, é muito bom...
Dia Nacional do Livro
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Novo livro do Yalom!!!
Sinopse do livro: Por trás das nossas angústias, vive o fantasma da morte. Embora as religiões cumpram o papel de nos oferecer uma resposta para nossa existência, sobre a morte todas as nossas construções são imaginárias. A morte não deve ser temida. De certa forma, somos todos imortais, uma vez que algo de nós se transmite aos que nos rodeiam e aos nossos herdeiros por meio do que Yalom chama de propagação. Este livro se propõe a ser um guia acessível a todos aqueles - tanto leitores comuns quanto psicoterapeutas - que desejam fazer uma reflexão mais aprofundada sobre os mistérios que para cada um de nós abriga o futuro e o destino.
OBS: não sei se vocês sabem, mas o livro "Quando Nietzsche chorou" foi adaptado para o cinema. Ainda não o assisti pois estou com medo de o filme ter destruido um belíssimo livro - o que é muito comum - mas fica a dica! O filme já chegou às locadoras...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Psicólogos Midiáticos - Volume 1
Em função do sequestro das garotas de Santo André e de seu trágico desfecho com a morte da jovem Eloá Pimentel, vários psicólogos foram chamados pela mídia a dar declarações, principalmente sobre o ex-namorado-sequestrador Lindemberg Alves. A seguir algumas delas:
- Ao namorar uma garota bem mais nova, a relação de poder certamente é bem mais fácil. Não é uma relação de troca, como num relacionamento comum. Como ele não sabe ouvir "não", tem um perfil ciumento e acabou tendo uma atitude desproporcional quando tudo acabou - diz Cristina.
Segundo a psicóloga, foi o ciúme de Alves que o levou a tentar controlar a situação, fazendo com que Eloa mudasse de idéia sobre o fim do relacionamento.
- Ele tentava fazê-la entender que ainda gostava dela, mas acabou ficando acuado e perdendo o controle, numa reação típica de desespero - resume.
Colegas que preferem não se identificar contam que ouviram reclamações de Eloa sobre o relacionamento de três anos que manteve com Alves. Ela se queixava com as amigas do ciúme excessivo do namorado, que praticamente queria mantê-la longe da rua ou de qualquer contato social no bairro. Descrita como uma menina doce no trato, Eloa chama a atenção pela beleza. Morena, de cabelos negros, ela poderia até provocar ciúme nas outras meninas, mas, ao contrário, despertava a simpatia de todos os alunos da Escola Estadual Professor José Carlos Antunes.
- Sempre que alguém precisa de alguma coisa, ela é a primeira a ajudar - comentou Paulo Henrique Monteiro da Silva, de 15 anos, amigo de escola de Eloa.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Pesquisas brilhantes, psicólogos fascinantes!
Você sabia que o psicólogo Geoffrey Miller, da Universidade do Novo México, levou o prêmio IgNobel 2008 na categoria Economia por um estudo publicado em novembro passado na revista "Evolution and Human Behavior"? Nele, usando dados de 18 voluntárias, ele mostrou que dançarinas de striptease ganham mais dinheiro no pico de seu período fértil.
Saiba maiores informações sobre esta fundamental descoberta (talvez a mais importante já feita pelo homem) na reportagem do site G1:
Strippers no período fértil ganham até 50% mais nas gorjetas
Uma questão que intriga os cientistas há séculos - fêmeas da espécie humana passam ou não por um período de cio? - acaba de receber uma contribuição inesperada: a das strippers. Pesquisadores americanos descobriram que elas ganham quase 50% mais gorjetas quando estão no auge de seu período fértil, o que indicaria que a platéia é capaz de detectar esse período de alguma forma.
Geoffrey Miller e seus colegas da Universidade do Novo México relatam, em estudo publicado na revista científica "Evolution and Human Behavior", os dados obtidos de 18 dançarinas de strip-tease. Por meio de um site, elas passaram para os pesquisadores informações sobre seu ciclo menstrual, seus horários de trabalho e seus ganhos durante um período de 60 dias.
O ciclo de fertilidade feminina corresponde ao ciclo menstrual, ao longo do qual os óvulos são liberados e colocados em posição para serem fertilizados. O que os pesquisadores viram é que havia uma correlação entre as gorjetas mais altas e o ponto desse ciclo onde a chance de fecundação do óvulo é máxima.
Nesses períodos ideais para conceber, as dançarinas ganhavam cerca de US$ 335 por cinco horas de trabalho, enquanto o ganho médio era de US$ 260. O pior desempenho financeiro ocorria durante a menstruação: só US$ 185. Trata-se de uma variação média de 45% nos rendimentos."
Esses resultados constituem a primeira evidência econômica direta da existência e da importância do estro [cio] em fêmeas humanas contemporâneas, num contexto real", escrevem os pesquisadores. O mais curioso é que as strippers que tomavam anticoncepcionais (suprimindo, dessa forma, seu pico de ovulação) também não tinham alta em seus ganhos.
Piroterapia - Notícia bizarra!
Psicólogo é acusado de queimar uma paciente durante a terapia
Segundo o depoimento de Oliveira e de duas testemunhas à polícia, o psicólogo Edson Rodrigues de Souza, 28, colocou fogo na cama da paciente, para estimulá-la durante a terapia.
O advogado de Souza, Euripes Rosa, disse que a vítima "pulou no fogo". "Meu cliente tentou socorrê-la e até se queimou." Como tem curso superior, Souza está preso num batalhão da PM por lesão corporal e incêndio.
"Esse tipo de procedimento [atear fogo] não é comum, não é terapêutico. Ele foi infeliz", disse Maurício Candiotto, diretor do hospital.
Curta da Semana - Integralidade
Pierre Weil (1924-2008)
Saiu anteontem no site do CFP:
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É com pesar que o Conselho Federal de Psicologia comunica o falecimento do psicólogo francês Pierre Weil. Doutor pela Universidade de Paris, professor e autor de mais de 40 obras, morreu em Brasília, no dia 09/10, aos 84 anos. Pierre fundou a Universidade Internacional da Paz em 1987, onde são desenvolvidos projetos sociais com crianças e adolecentes de 2 a 17 anos em situação de risco. Sua bandeira de luta sempre foi a disseminação da paz entre os povos de todo o mundo por intermédio da educação. O corpo de Pierre Weil foi velado por parentes e amigos em Brasília, na própria Unipaz.
Pierre Weil escreveu, dentre muitos outros, o clássico:
Uma grande perda para a Psicologia brasileira e internacional...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Pense Magro - A dieta definitiva de Beck
A Dieta do Pensamento
Não tem nada de mágica, não. Para você perder osquilos a mais e ficar elegante para sempre, a terapiacognitivo-comportamental oferece um caminho: deixarde "pensar gordo" e passar a "pensar magro"
Você está pensando em internar-se num spa de emagrecimento? Então tenha duas certezas: sim, você eliminará alguns quilos de sua silhueta. E, sim, você engordará tudo (ou quase) de novo depois de voltar à rotina diária. Spas são ilhas da fantasia: zero de stress, refeições em porções controladíssimas, prescritas por nutricionistas, e uma intensa programação de atividade física. Entre a lembrança de um bombom e a saudade do pudim da mamãe, há a opção da massagem relaxante, do ofurô ou da conversa catártica com o gordinho ao lado, que, assim como você, sua frio ao pensar numa torta de morango. No mundo real, tudo conspira a favor do excesso de comida e do sedentarismo. É o fast-food na hora do almoço, o biscoitinho na mesa do colega de trabalho, a geladeira pronta para ser assaltada, o sofá aconchegante com a televisãozona na frente. Como resistir?
Você já tentou... pensar? Não, não se ofenda. É claro que você pensa, e às vezes até em aspectos filosóficos da vida. Mas será que você pensa certo no que se refere às suas formas? Ou melhor, será que você não está "pensando gordo" em vez de "pensar magro"? Pensar magro (vamos abolir as aspas como um excesso adiposo) significa, basicamente, reprogramar seu cérebro para que ele passe a dominar a fome ou a simples gulodice até o ponto em que você possa ignorar um prato de coxinhas da mesma maneira que despreza aquele ex-amigo fofoqueiro. Reprogramar o cérebro não implica tomar choques elétricos ou aderir ao zen-budismo. Requer enfrentar frituras, salgadinhos, doces e refrigerantes sem subterfúgios – e, espera-se, com alguma altivez. Nada de tentar cancelar-lhes a existência, porque, afinal de contas, o mundo não é um spa. A resistência mental definitiva é o que prega a terapia cognitivo-comportamental (TCC), hoje considerada o tratamento de primeira linha contra o excesso de peso. "Quanto mais resistirmos aos desejos de comida, menos freqüentes eles se tornarão", disse a VEJA a psicóloga americana Judith Beck, autora do livro Pense Magro – A Dieta Definitiva de Beck, recém-lançado no Brasil pela editora Artmed.
O objetivo da TCC é, por meio da combinação de confronto e resistência, "desligar" os comandos cerebrais que acionam os pensamentos distorcidos – no caso, aqueles que levam as pessoas a empanturrar-se. De fato, na maioria das vezes, as pessoas que pensam gordo o fazem por causa de uma associação meramente subjetiva entre comida e determinados sentimentos. Há as que comem porque estão felizes e as que comem porque estão infelizes (ou ambos). Existem as que se empanzinam porque estão numa festa e vêem os outros comendo e as que se empacham porque estão completamente sozinhas (ou ambos)... Desconectar apetite e situação, eis a chave da terapia cognitivo-comportamental. O programa proposto por Judith Beck estabelece seis semanas – mais precisamente 42 dias – de exercícios práticos para desprogramar o cérebro da vontade injustificável de comer. Você confunde fome com gula? Um dos exercícios ajuda o pensador gordo a diferenciar uma da outra. Você mal acaba o almoço e já imagina como será o jantar? Judith ensina a fazer como os magros – que só pensam em comida no horário da refeição.
Judith é filha do psiquiatra Aaron Beck, fundador, nos anos 60, da terapia cognitivo-comportamental. Na visão dos adeptos desse método, grande parte dos distúrbios psíquicos, como a depressão, a ansiedade e as fobias, deve-se a interpretações errôneas do mundo concreto. Assim, o substrato da TCC é a exposição da pessoa à realidade que a afeta, de modo a levá-la a reagir proporcionalmente a ela. Em geral, o prazo é de vinte sessões. No tratamento de fobias, por exemplo, confronta-se o paciente com o objeto de seu medo exagerado. Se a fobia é de cachorro, o fóbico "desaprende" a temer o animal entrando em contato direto com ele. Judith sugere que o compulsivo por comida a enfrente como quem se expõe ao pavor por cachorro. As bases da terapia cognitivo-comportamental, cujas taxas de sucesso são bastante altas (veja quadro nas páginas 156 e 157), remontam às teorias do médico russo Ivan Pavlov (1849-1936) e às do psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), precursores do behaviorismo. Pavlov formulou a tese do reflexo condicionado, segundo a qual a repetição constante de um estímulo "ensina" o sistema nervoso a responder invariavelmente da mesma forma. Sua teoria foi elaborada a partir de estudos com cães que eram alimentados depois que ele tocava um sino. Com o tempo, Pavlov constatou que bastava tocar o sino para que os animais salivassem. Skinner, por sua vez, chegou ao conceito de condicionamento operante, por meio de experiências com ratos de laboratório. Quando os roedores apertavam um botão, uma portinhola com comida se abria. Os ratos, por fim, aprenderam que, para comer, era preciso pressionar o botão. A diferença entre o reflexo condicionado de Pavlov e o condicionamento operante de Skinner é que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo (o sino toca, o cachorro saliva), ao passo que o segundo é o hábito produzido por uma ação estranha à natureza do animal (o rato que aperta botão para comer). Na terapia cognitivo-comportamental, para simplificar, o sino e a portinhola seriam os estímulos (ou desestímulos) que contrariam a tendência doentia – sejam eles o confronto calculado do fóbico com o objeto do medo ou o auto-elogio de quem resiste a uma refeição gordurosa.
Por ser um programa de treinamento psicológico, o livro Pense Magro é um manual sobre dieta sem nenhuma receita alimentar. Sua autora não recomenda nem condena nenhum alimento. Ela preconiza que, com uma programação mental adequada, qualquer dieta razoável dá certo – permanentemente. A psicóloga começou a utilizar o método para o controle de peso há vinte anos, em pacientes psiquiátricos que engordavam por causa dos efeitos colaterais de medicamentos. Embora a ansiedade integre a personalidade de quase todos os gulosos, a terapia cognitivo-comportamental, ao contrário da psicanálise, não sai em busca dos motivos que levam uma pessoa a afogar as mágoas numa travessa de espaguete. Simplesmente ensina como anular os pensamentos engordativos. "Eu era do tipo que sempre fazia uma pausa para beliscar. Tudo era motivo para parar o que eu estava fazendo e ir atrás de um lanchinho", conta a carioca Ialda Costa de Farias. Há cerca de quatro anos, ela mudou a sua relação com a comida. Por meio da TCC, conseguiu regular suas escolhas, antes marcadas pela compulsão. Agora, sua palavra de ordem é planejamento. Ela sabe exatamente o que e quanto vai comer ao longo do dia e, obedecendo aos ditames da terapia, anota minuciosamente todas as suas refeições, inclusive as escapadelas. Perdeu 31 quilos desde então e não os incorporou mais. "Só de saber que terá de anotar os erros e os excessos alimentares cometidos, a pessoa já pensa duas vezes antes de comer exageradamente", diz o endocrinologista Walmir Coutinho, vice-presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade.
Judith mantém há dez anos o mesmo peso – 52,5 quilos distribuídos em 1,61 metro – graças, ela jura, à terapia cognitivo-comportamental. Ex-cheinha (pesava 8 quilos a mais), agora pensa magro. E reafirma que ninguém se mantém enxuto sem algum sacrifício dietético. Ainda não há estudos sobre as alterações na química cerebral de quem usa a TCC para emagrecer, como ocorre em relação aos pacientes de depressão que recorrem à terapia. Mas as pesquisas clínicas são animadoras. A mais célebre foi conduzida por pesquisadores suecos, com dois grupos – em dez semanas, aquele que se submeteu à terapia perdeu 8 quilos, em média. Passados dezoito meses, 92% dos seus participantes haviam emagrecido ainda mais. Já o grupo de controle, que só fez dieta, voltou a engordar depois de um ano e meio.
Driblar a compulsão por comida é tarefa das mais difíceis. Para se ter uma idéia do seu grau de complexidade, a linha mais recente de pesquisas sobre os mecanismos da obesidade a compara ao vício, por envolver o sistema cerebral de recompensa. "Em obesos, o metabolismo cerebral é muito semelhante ao dos viciados em drogas", diz Ivan de Araújo, neurofisiologista e pesquisador da Escola de Medicina da Universidade Yale, nos Estados Unidos. No cérebro dos gordos, por uma deficiência na atividade do neurotransmissor dopamina, o grau de recompensa gerado pela ingestão de alimentos é menor que no dos magros. Para se sentirem satisfeitos, portanto, eles precisam comer mais. É provável que novos estudos mostrem que o recondicionamento para pensar magro transforma a química cerebral. Não há nada de mágico nisso – errou quem fez associações entre o livro de Judith e O Segredo, da australiana Rhonda Byrne, a auto-ajuda que requenta a lengalenga de que o "pensamento positivo" opera milagres. Pensar magro demanda empenho e disciplina. Envolve cultivar melhor as emoções e adquirir novos comportamentos. A perda de peso não é da noite para o dia. Em situações mais difíceis, para prevenir as recaídas, seguir o manual não é suficiente. Torna-se necessário recorrer a um especialista. "Na luta contra o excesso de peso, não existe bala de prata", diz Mônica Duchesne, terapeuta cognitivo-comportamental e coordenadora do grupo de obesidade e transtornos alimentares da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Existe trabalho. Vá à luta.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Intolerância
Intolerância à diversidade sexual
Por Gustavo Venturi*(1)
Acaba de sair do forno a mais recente pesquisa social do Núcleo de Opinião Pública (NOP), intitulada Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil, Intolerância e respeito às diferenças sexuais nos espaços público e privado – uma realização da Fundação Perseu Abramo, em parceria com a alemã Rosa Luxemburg Stiftung.
Com dados coletados em junho,de 2008(2), a pesquisa percorreu processo de elaboração semelhante ao de estudos anteriores do NOP(3), tendo sido convidados pela FPA para definir quais seriam as prioridades a investigar entidades e pesquisadores dedicados ao combate e ao estudo da estigmatização e da discriminação dos indivíduos e grupos com identidades sexuais que fogem à heteronormatividade – lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT).
Com o intuito de subsidiar ações para que as políticas públicas avancem em direção à eliminação da discriminação e do preconceito contra as populações LGBT, de forma a diminuir as violações de seus direitos e a facilitar a assunção e afirmação de suas identidades sexuais, buscou-se mensurar tanto indicadores objetivos de práticas discriminatórias em razão da orientação sexual das pessoas, quanto as percepções sobre o fenôme- no (indicadores subjetivos, portanto) e manifestações diretas e indiretas de atitudes preconceituosas. A pesquisa cobriu assim um amplo espectro de temas, de modo que o relato que segue constitui tão-somente uma leitura preliminar – entre muitas que certamente os dados obtidos permitirão – e sobre parte dos resultados que, à primeira vista, parecem mais relevantes.
O preconceito dos outros
Indagados sobre e existência ou não de preconceito contra as pessoas LGBT no Brasil, quase a totalidade da população responde afirmativamente: acreditam que existe preconceito contra travestis 93% (para 73% muito, para 16% um pouco), contra transexuais 91% (respectivamente 71% e 17%), contra gays 92% (70% e 18%), contra lésbicas 92% (para 69% muito, para 20% um pouco) e, tão freqüente, mas um pouco menos intenso, 90% acham que no Brasil há preconceito contra bissexuais (para 64% muito, para 22% um pouco). Mas perguntados se são preconceituosos, apenas 29% admitem ter preconceito contra travestis (e só 12% muito), 28% contra transexuais (11% muito), 27% contra lésbicas e bissexuais (10% muito, para ambos) e 26% contra gays (9% muito). (Gráficos 1a e 1b)
O fenômeno de atribuir os preconceitos aos outros sem reconhecer o próprio é comum e esperado, posto que por definição a atitude preconceituosa é politicamente incorreta.
Gráfico 1a
Gráfico 1b
No entanto, chama a atenção, neste caso, as taxas relativamente elevadas de pessoas que admitem ter preconceitos contra os grupos LGBT: na pesquisa Idosos no Brasil, em 2006, 85% dos não-idosos (16 a 59 anos) afirmaram que há preconceito contra idosos na sociedade brasileira, mas apenas 4% admitiram ser preconceituosos em relação aos mais velhos; e na pesquisa Discriminação Racial e Preconceito de Cor no Brasil, em 2003, 90% reconheciam que há racismo no Brasil, 87% afirmaram que os brancos têm preconceito contra os negros mas apenas 4% dos de cor não preta assumiram ser preconceituosos em relação aos negros.
Certamente, é preciso aprofundar a investigação sobre o fato de o preconceito contra a população LGBT ser mais admitido. Mas duas hipóteses, não necessariamente excludentes, parecem concorrer para explicar esse contraste: tomando o dado em sua “literalidade” (como em geral convém, até prova em contrário), a maior admissão de preconceito contra LGBT seria expressão de um preconceito efetivamente mais arraigado, mais assimilado e menos criticado socialmente. A alta disseminação de piadas sobre “bichas” “veados” ou “sapatonas” por exemplo, e sua aceitação social, como atesta a presença cotidiana de personagens caricaturais em novelas e programas na TV, considerados humorísticos, também seriam evidências disso.
A segunda hipótese é que a maior admissão de preconceito contra LGBT tem a ver com a “natureza” da identidade sexual, para muitos vista como uma opção ou preferência – em contraste com as identidades “raciais” ou etárias que, de modo mais evidente, independem das escolhas individuais, sendo assim não passíveis de crítica (ao menos deste ponto de vista) e, conseqüentemente, mais incorreto discriminá-las. De fato, 31% discordam (25% totalmente) que “ser homossexual não é uma escolha, mas uma tendência ou destino que já nas nas ce com a pessoa” e 18% concordam apenas em parte (só 37% concordam totalmente) com isso. Ora, se acho que é gay (ou lésbica) quem quer, posso considerar sua opção um erro e punir (discriminar) quem a faz.
É sintomático a esse respeito que, diante de duas alternativas, se “os governos deveriam ter a obrigação de combater a discriminação contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais” ou se “isso é um problema que as pessoas têm de resolver entre elas” 70% concordem com a segunda alternativa, contra apenas 24% que entendem que o combate contra a discriminação da população LGBT deve ser objeto de políticas de governo. Em contraste, em 2003, 36% avaliaram que “os governos deveriam ter a obrigação de combater o racismo e a discriminação racial” contra “apenas” 49% que consideraram que “isso é um problema que as pessoas têm de resolver entre elas, sem a interferência do governo”.
O preconceito dissimulado
Como na pesquisa sobre a questão racial, nesta também partimos do pressuposto que a maioria não admitiria os próprios preconceitos. Assim, antes de qualquer referência explícita à temática da discriminação e do preconceito, o questionário tratou de captar manifestações indiretas de intolerância com a diversidade sexual. (Gráfico 2)
Gráfico 2
Inicialmente, solicitou-se a cada entrevistado que dissesse o que sentia normalmente ao ver ou encontrar desconhecidos de diferentes “grupos de pessoas”: “(1) repulsa ou ódio, não gosta nem um pouco de encontrar; (2) antipatia, não gosta muito, prefere não encontrar; (3) indiferença, não gosta nem desgosta, tanto faz encontrá-los ou não; ou (4) satisfação, alegria, gosta de encontrá-los” Considerando-se a soma de (1) e (2) como indicador de aversão ou intolerância, dentre 28 grupos sociais sugeridos – grupos raciais, econômicos, em conflito com a lei, étnicos, religiosos etc. – as identidades sexuais que discrepam da normalidade heterossexual só perderam em taxa de intolerância para dois líderes incontestes: ateus (42% de aversão, sendo 17% de repulsa ou ódio e 25% de antipatia) e usuários de drogas (respectivamente 41%, 17% e 24%).
Dizem não gostar de encontrar transexuais 24% (10% de repulsa/ ódio, 14% de antipatia), travestis 22% (respectivamente 9% e 13%), lésbicas 20% (8% e 12%), gays e bissexuais 19% cada (ambos 8% e 11%) – praticamente igualados em taxas de aversão, por exemplo, a garotos de programa (25%), prostitutas (22%), ex-presidiários (21%) e ciganos (19%); acima, por exemplo, de mendigos (11%), judeus (11%) e muçulmanos (10%) e “gente com aids” (9%), e ainda muito acima de índios (3%), negros ou orientais (2% cada) e brancos (menos de 1%).
A seguir definiu-se homossexuais como “pessoas que se interessam afetiva e sexualmente por pessoas do mesmo sexo” e foram faladas frases – “coisas que costumam ser ditas sobre os gays e as lésbicas, que algumas pessoas acreditam e outras não” –solicitando-se a cada entrevistado que manifestasse seu grau de concordância ou de discordância com as mesmas. (Gráfico 3)
Gráfico 3
A frase epígrafe “Deus fez o homem e a mulher com sexos diferentes para que cumpram seu papel e tenham filhos” tem a concordância, em algum grau, de 92% (sendo 84% totalmente), contra apenas 5% que discordam; e concordam que a “homossexualidade é um pecado contra as leis de Deus” 66% (58% totalmente), contra 22% que discordam (17% totalmente) –dados que revelam o tamanho da colaboração religiosa para a intolerância com a diversidade sexual. E a contribuição do discurso médico não fica muito distante: 40% concordam (29% totalmente) que “a homossexualidade é uma doença que precisa ser tratada” embora 48% discordem (41% totalmente).
São claras as expressões de preconceito também as concordâncias majoritárias com a idéia de que “as pessoas bissexuais não sabem o que querem, são mal resolvidas” (57% concordam, sendo 44% totalmente, contra 27% de discordância), e com a afirmação de que “quase sempre os homossexuais são promíscuos, isto é, têm muitos parceiros sexuais” (45% concordam, contra 36% que discordam). Há ainda o apoio a potenciais medidas discriminatórias, manifestadas nas frases: “casais de gays ou de lésbicas não deveriam andar abraçados ou ficar se beijando em lugares públicos” (64% de concordância, sendo 52% totalmente, contra 27% de discordância), e “casais de gays ou de lésbicas não deveriam criar filhos” (47% concordam, 38% totalmente; 44% discordam, 35% totalmente). Por fim, 37% concordam que “a homossexualidade é safadeza e falta de caráter” e 34% que “os gays são os principais culpados pelo fato de a aids estar se espalhando pelo mundo”.
Em suma, a primeira leitura desta pesquisa dá números ao que já se suspeitava: por trás da imagem de liberalidade que o senso comum atribui ao povo brasileiro, particularmente em questões comportamentais e de sexualidade há graus de intolerância com a diversidade sexual bastante elevados – coerentes, na verdade, com a provável liderança internacional do Brasil em crimes homofóbicos. O que indica que há muito por fazer, em termos de políticas públicas, para tornar realidade o nome do programa da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, criado em 2004, Brasil sem Homofobia – ele mesmo, segundo a pesquisa, conhecido por apenas 10% da população (2% dizem conhecê-lo e 8% já ouviram falar).
Outros temas foram abordados no levantamento, inclusive de políticas contra a discriminação LGBT para as áreas de educação, saúde, emprego, justiça, cultura e direitos humanos, mas não há espaço aqui para tratá-las. Se lembrarmos ainda que os resultados gerais aqui expostos (médias nacionais) podem acobertar contrastes importantes num país como o nosso, atravessado por desigualdades de classe social, de gênero, raciais e regionais, fica o convite aos interessados para aprofundarem a análise desta introdução, buscando mais dados da pesquisa Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil, em breve disponíveis no portal da FPA e em futura publicação da Editora da FPA.
*Gustavo Venturi, doutor em Ciência Política e mestre em Sociologia pela USP, é coordenador do NOP e diretor da Criterium Assessoria em Pesquisas
Notas:
(1) Colaboraram Rita Dias e Vilma Bokany, analistas do Núcleo de Opinião Pública (NOP) da Fundação Perseu Abramo.
(2) Levantamento quantitativo (survey) com amostragem probabilística nos primeiros estágios (sorteio de municípios, setores censitários e domicílios) e controle de cotas de sexo e idade (IBGE) para a seleção dos indivíduos (estágio final). Total de 2.014 entrevistas com população acima dos 15 anos de idade (todas as classes sociais), disper sa nas áreas urbanas de 150 municípios (pequenos, médios e grandes), em 25 UFs, nas cinco macrorregiões do país (Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste). Abordagem domiciliar, com aplicação de questionários estruturados (versões A e B, aplicados a duas sub amostras espelhadas), somando 92 perguntas distintas (cerca de 250 variáveis), com duração média das entrevistas em torno de uma hora. Margens de erro de até ± 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. Coleta dos dados entre 7 e 22 de junho de 2008.
(3) Idosos no Brasil, Desafios e Expectativas na Terceira Idade (2006, em parceria com os Sesc-SP e Nacional), Perfil da Juventude Brasileira (2003, em parceira com o Instituto Cidadania), Discriminação Racial e Preconceito de Cor no Brasil (2003, em parceira com a Rosa Luxemburg Stiftung) e A Mulher Brasileira nos Espaços Público e Privado (2001). Para resultados, ver www.fpabramo.org.br e respectivas publicações da Editora Fundação Perseu Abramo.
domingo, 31 de agosto de 2008
Psicologia da tortura
Assustadora a notícia publicada hoje no JB Online:
A Psicologia da tortura nas prisões